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domingo, setembro 25, 2011

Mudar


Sim, eu sei que estás a fazer aquela cara de “o que é que este quer agora?”
E sim eu sei que estás farta de me ouvir até à ponta dos cabelos.
Escrevi este texto porque tens duvidas se eu te amo ou não.
A verdade é a seguinte:
Está a acontecer o mesmo que aconteceu com a minha irmã. Quando ela estava cá em casa dávamo-nos muito mal, e estávamos sempre às turras, porque eu estava afeiçoado a ela, habituado a vê-la pela casa, a falar com ela sempre que quisesse, e ela nunca me recusou um abraço nos momentos mais difíceis.
Porém, nunca senti a necessidade de retribuir porque independentemente do que acontecesse ela estaria sempre aqui em casa.
Errado, ela casou e saiu de casa, e o que eu pensava que ia ser um alivio fez-me ter saudades dela e de repente sentia a casa muito mais vazia.
O teu caso é um pouco parecido. Estou habituado a ter-te ao meu lado, e faço nariz torto quando tu não corre como EU quero... Eu... Sempre a porcaria do egoísmo... Gostava de saber para onde foi todo o meu altruísmo... Mas enfim, centrei-me demasiado em mim, e creio que esse foi o meu principal erro...
Dizem que o amor está naquilo que fazemos pelos outros e não naquilo que queremos que façam por nós. É verdade, e foram precisas várias horas deitado na cama a pensar para lá chegar... Tornei-me num ser humano ridículo...
Imagino que tu tal como eu também tens saudades do que éramos, é verdade, foram os melhores tempos da nossa vida de facto, e não me arrependo de os ter vivido, mas, é tudo um problema de visão meu, tratar-te como uma empregada... ninguém merece isso...
Sinceramente, tenho todas as certezas do mundo que te amo e nada me faz pensar o contrário, se bem que algumas vezes sou demasiado estúpido para o exprimir...
Eu sei que estás magoada com tudo o que se tem passado ultimamente e que provavelmente já deves ter fechado este ficheiro já nas primeiras linhas mas olha
É na mais forte das mágoas, na mais forte das escuridões que a paixão se levanta da cadeira e se faz ouvir, no meio de uma multidão de monótonos iguais, é tal como uma tela de cinema no meio de pessoas que precisam de ser iluminadas, pela luz da diferença, pela luz do amor e da paixão, aquela forte chama que arde nos nossos peitos, quando a saudade nos ataca pela calada. A chama da paixão cresce mais forte no seio da pura felicidade ou na pura da tristeza, e sinto que o meu coração me vai saltar da boca apenas por pensar que os teus olhos estarão direcionados para estas palavras... Não tenho dinheiro para as prendas mais fofinhas, não tenho jeito para dizer coisas bonitas porque estou mesmo sem jeito a falar contigo, tenho apenas uma forte vontade, uma forte vontade de... poder jogar aquele jogo tontinho contigo, só para te ver contente, dizer que te amo apenas para ver a tua reacção, de prestar atenção a cada detalhe, de te proteger nas noites frias e de te abraçar nas horas madrastas, te voltar a imaginar o nosso futuro, de voltar a acreditar que temos futuro,  eu sei que tudo não se resume a um “estás perdoado” e que desta vez o mais provável é nem conseguir reconquistar-te... Lembro-me de quando disseste que tinha que fazer por merecer ser teu namorado porque muitos queriam ocupar o meu lugar, o meu problema foi quando as coisas deram para o torto pensar exactamente o contrário, e admito, foi a pior coisa que podia pensar... Aliás, ninguém mais me quer além de ti quem estou eu a enganar? Mas pronto... Eu sei que estás farta de sofrer, e eu sei disso... Estou mudado,  as tuas palavras tocaram-me mesmo no fundo... Só quero uma chance, uma única chance, para conseguir voltar a fazer-te feliz... Juro-te que não voltarem a fazer asneiras, não volto a falar da Ana, não volto a acordar-te, não volto a desprezar-te, não volto a ser um parvo, não volto a fazer aquelas figuras infantis que tenho feito.
Carpe Diem, é assim que viverei contigo, não haverá nada de falso, nada de irrealista ou imparcial, será tudo como era dantes.
Ser diferente, imprevisível, criativo, de humor resistente, difícil de deitar abaixo, não desistir, pensar com a cabeça, o esforço de expressar tudo o que sinto em cada frase que digo, tudo isto foram coisas que não perdi, que estão adormecidas cá dentro... Tenho esperado “recompensa” para as fazer sair, mas já que não há, terem de vomitá-las cá para fora :c voltarei a ser quem eu era ou simplesmente mato esta aberração em que me tornei x.x
Não quero que sofras mais... Eu sei o que me espera mesmo que me perdoes, e não estou disposto a desistir de ti! Tudo na vida tem um sentido, e tu és o meu sentido! És a razão pela qual eu vivo... Apartir de agora só me deitarei e dormirei depois de te ouvir dizer que me amas, sem rodeios nem pressões,  não é para te pressionar, é para teres o meu coração numa mão ... e a faca na outra... e sabes? Ainda não perdi a esperança de te fazer sorrir, porque eu vou fazer-te sorrir, a esperança é a ultima a morrer, eu morrerei primeiro que ela!
Eu percebo que tenhas uma raiva enorme de mim e me odeies, mas sabes que mais? Eu amo-te, e como qualquer pessoas apaixonada, EU NÃO VOU DESISTIR! :$ por isso amor, prepara-te, porque vais matar as saudades todas :x
Sim... Este texto está a ser escrito entre fases de força e garra e decepção e desilusão, nota-se nas minhas palavras, está uma confusão enorme, mas espero que entendas o propósito de eu te ter escrito isto.
Vou encher-te de miminhos e palavras docinhas até te fartares :$
Espero uma resposta tua... Amo-te :$
Lembraste do nosso primeiro abraço? Lembraste de quando demos o primeiro beijo? Que tontinho que foi, e quando eu te comecei a cantar para dormires a primeira vez? E de quando nos rimos à gargalhada por causa de eu ter bananas nas bochechas? Lembraste dos nossos “vira-te”? E daquele grande texto que tiveste de mandar de novo? Lembraste de quando eu ficaste com ciúmes da Rita? E de quando eu fiquei com ciúmes do Luciano (foram muitas as ocasiões foram...) Lembraste de quando fizeste anos e eu toquei guitarra para ti? E de todas as vezes que estive contigo, no silencio, a dar-te a mão, enquando ouvias as tretas da tua mãe? E de quando falaste comigo por chamada na piscina? Até tens uma foto para recordar o momento, e de quando tiveste aquele ataque de asma durante os primeiros meses que nos conhecíamos? E de quando eu te aconselhei sobre o teu vizinho que gostava de ti? E de quando tu me ensinaste a diferença entre trote e galope? E quando eu fiz o primeiro poema para ti? :$ e de quando eu cortei relações com a Ana por ti? (não te preocupes que eu já cortei relações com ela outra vez) Quando me mandaste uma mms com uma gravação de voz a dizer “Bom dia meu protector” coisa que eu orgulho-me em ser quando estou ao teu lado :$ quero terminar com este teu ciclo de terror, mas sei que não vou encontrar uma festa de boas-vindas, tenho completa noção do que fiz de errado, e tenho ainda mais completa noção do que farei nos próximos dias.
Com sinceridade, Amo-te Maria Nunes de Carvalho Monteiro da Silva