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segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Tempo

São tragédias
são questões de pontualidade
assiduidade e mecanicas.
São questões de segundos
Questões retóricas que encaixam
fazendo mexer a terrivel malha do destino.

Não sei quem fui, não sei quem sou.
Não sei quem serei, nem muito menos as bases e o que me está destinado.
São numeros, estatisticas, percentagens e probabilidades.
São ideias, percepções, opiniões e visões.
Não sabes, sabias?
É tudo um conjunto de numeros aleatórios sem padrão.

O ser é uma inconstante, o sentir uma forma de tempo.
O espaço é peso e peso é pressão, é força, é nervo.

O tempo é uma areia presa na ampulheta
É o ultimo suspiro da primeira roda dentada que mexe os ponteiros do relógio
É o suspiro da terra seca quando chove
É o suspiro da areia seca vendo a aproximação das ondas
É o papel colado a fita-cola receando o vento que se avizinha
É medo, é incerteza, é desconhecido
É um medo ver o tempo a passar, viver
Então porque viver?

Teia

Estende-se para além de mim
Estende-se para além do que vejo, ouço ou sinto.
Estende-se para além de ti
Estende-se
Estende-se apenas.

São fios de seda, perdidos por entre manchas verdes
Manchas organicas, perdidas por entre ramos e árvores.

São teias e fios de cordel, presos por engenho, que prendem anjos e fadas.
São suaves construções letais
São orquestras de um só instrumento.

Tem tu também cuidado, cuidado com a teia
Pois pode prender as asas da tua imaginação
As asas da tua esperança
Pode estripar-te a vida
Deixando-a à mercê do predador que te observa
Que te observa com os seus 8 olhos...